Convite para um chorinho
Amiga minha, vamos para um chorinho de fazer chorar? É domingo e há dias eu não vejo um céu tão limpo como este. Infelizmente, passei o dia de ressaca e a noite deste claro domingo é minha manhã.
Vamos sair antes que seja tarde, antes que a segunda nasça nublada e sem ritmo, antes que o sol fraco de uma nova semana nos impeça de qualquer loucura neste domingo de primavera e com toda melancolia nos braços.
Vamos, vista o seu vestido jeans, pode ser aquele bem curto; eu curto. E se eu tiver ciúmes, eu escondo e você nem percebe.
Eu espero você ligar e lhe digo que sim e ainda falo mais – pode me esperar, hoje não demoro – e apresento-me de fininho... Você vai gostar tanto que vai querer sentar ao meu lado, com tanto carinho!
Vamos, me liga e use frases rápidas, pois quanto menos palavras melhor. De qualquer jeito direi sim. Não gaste sua lábia nem sua preciosidade de saliva. Mas bem que eu podia fazer um dengo e mesmo por telefone você me faria um chamego.
Não quero que ninguém me ligue neste dia de choro. Se for para escutar alguma lágrima, que seja você, com as suas. Elas descem já feitas e kamikazes, pelo seu rosto, têm o efeito de alguma coisa quase perfeita. Não lhe diria, feliz - Pare com o choro vago e sem consolo – não sofra! – Sofra sim, e muito. Sofra tanto que cada reflexo de felicidade será quase a mesma coisa que amar, sem maldade.
Hoje é domingo e, no sétimo dia, nosso Deus descansou e não podemos, assim, ficar um longe do outro. Temos que nos proteger. Enquanto Deus descansa o dia de hoje torna-se frágil e nada melhor que nossas fragilidades, para alcançar um choro incontido e alguns versos sob lágrimas dominicais.
Mas nada disso faz muito sentido. Nem Deus, nem suas lágrimas, nem essa ânsia discreta de querer chorar o seu choro. Boa noite! E durma com Deus.
Djalma Gonçalves,
Primavera de 2006.
Que venha o verão!
Vamos sair antes que seja tarde, antes que a segunda nasça nublada e sem ritmo, antes que o sol fraco de uma nova semana nos impeça de qualquer loucura neste domingo de primavera e com toda melancolia nos braços.
Vamos, vista o seu vestido jeans, pode ser aquele bem curto; eu curto. E se eu tiver ciúmes, eu escondo e você nem percebe.
Eu espero você ligar e lhe digo que sim e ainda falo mais – pode me esperar, hoje não demoro – e apresento-me de fininho... Você vai gostar tanto que vai querer sentar ao meu lado, com tanto carinho!
Vamos, me liga e use frases rápidas, pois quanto menos palavras melhor. De qualquer jeito direi sim. Não gaste sua lábia nem sua preciosidade de saliva. Mas bem que eu podia fazer um dengo e mesmo por telefone você me faria um chamego.
Não quero que ninguém me ligue neste dia de choro. Se for para escutar alguma lágrima, que seja você, com as suas. Elas descem já feitas e kamikazes, pelo seu rosto, têm o efeito de alguma coisa quase perfeita. Não lhe diria, feliz - Pare com o choro vago e sem consolo – não sofra! – Sofra sim, e muito. Sofra tanto que cada reflexo de felicidade será quase a mesma coisa que amar, sem maldade.
Hoje é domingo e, no sétimo dia, nosso Deus descansou e não podemos, assim, ficar um longe do outro. Temos que nos proteger. Enquanto Deus descansa o dia de hoje torna-se frágil e nada melhor que nossas fragilidades, para alcançar um choro incontido e alguns versos sob lágrimas dominicais.
Mas nada disso faz muito sentido. Nem Deus, nem suas lágrimas, nem essa ânsia discreta de querer chorar o seu choro. Boa noite! E durma com Deus.
Djalma Gonçalves,
Primavera de 2006.
Que venha o verão!
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