Devaneios primaveris!
Uma mulher morena, cuja pele irresistível e distante carrega impressões digitais diversas. Existem inúmeras mulheres cheias de ofertas nesta primavera, mas nenhuma se compara a esta espécie, metade anjo, metade maldita. A paixão que corre pelo meu corpo alerta atormenta a mansidão que embalava os versos mais simples e puros nesta estação de flores e céu azul, mas ela continua desacordada e nega a inundar a minha vida de beijos e lágrimas de imensa ternura.
Durante a noite tento dormir e quem sabe sonhar com suas pernas e seus braços à minha procura. Adormeço suado e nada mais tenho a não ser pesadelos cruéis em que vejo a amada morena no abraço qualquer de um homem frio e sem carinho. Amanheço assustado, mas a euforia da paixão está presente em sua essência, mas não há mais tormento na nova manhã. Enquanto o dia passa, meus olhos se enchem de água e, melancólico e gradativamente, meu coração começa a bater em um ritmo acelerado demais para me conter. O que me resta senão a cerveja gelada do bar mais próximo? É lá que me sento na calçada e com o olhar distante torno-me mais poeta na boemia solitária de meus 27 anos.
Vinte e sete anos vividos na inquietação de meus cinco sentidos. Vinte e sete anos ao lado da minha sombra indecisa. Mas é aos vinte e sete que tento rasgar a noite e descolorir o dia, para desmanchar toda a poesia e ter a chance de fazer tudo de novo, de um jeito ímpar.
Não perdi a esperança valente na minha mocidade, não escolhi caminhos fáceis para a minha poesia, nem derramei versos inúteis sobre mulheres que não amava. Sou o poeta das coisas simples, das mulheres fugidias, mas meu povo é o meu mais importante poema.
Djalma Gonçalves,
Primavera de 2006.
Apenas mais uma quinta-feira de meus 27 anos.
Durante a noite tento dormir e quem sabe sonhar com suas pernas e seus braços à minha procura. Adormeço suado e nada mais tenho a não ser pesadelos cruéis em que vejo a amada morena no abraço qualquer de um homem frio e sem carinho. Amanheço assustado, mas a euforia da paixão está presente em sua essência, mas não há mais tormento na nova manhã. Enquanto o dia passa, meus olhos se enchem de água e, melancólico e gradativamente, meu coração começa a bater em um ritmo acelerado demais para me conter. O que me resta senão a cerveja gelada do bar mais próximo? É lá que me sento na calçada e com o olhar distante torno-me mais poeta na boemia solitária de meus 27 anos.
Vinte e sete anos vividos na inquietação de meus cinco sentidos. Vinte e sete anos ao lado da minha sombra indecisa. Mas é aos vinte e sete que tento rasgar a noite e descolorir o dia, para desmanchar toda a poesia e ter a chance de fazer tudo de novo, de um jeito ímpar.
Não perdi a esperança valente na minha mocidade, não escolhi caminhos fáceis para a minha poesia, nem derramei versos inúteis sobre mulheres que não amava. Sou o poeta das coisas simples, das mulheres fugidias, mas meu povo é o meu mais importante poema.
Djalma Gonçalves,
Primavera de 2006.
Apenas mais uma quinta-feira de meus 27 anos.
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