Querida Aninha,
Você se lembra de um almoço da minha família em que você foi de bicicleta? Minha mãe, minhas tias, enfim, toda a família ficou dizendo que tínhamos que namorar. Claro, relevei a vontade deles e continuei carinhoso na nossa boa amizade. Porém, ao acompanhá-la até sua casa, dirigindo meu carro atrás da “moça que pedalava” vi uma das cenas mais poéticas e charmosas da minha vida. Você e a bicicleta! No mesmo dia escrevi um poeminha e deixei na tela do seu computador. A idéia ainda não havia surgido.
Noites depois, enquanto eu, você e Fred degustávamos do ambiente agradável e musical de seu pequeno e aconchegante sobrado, o Fred perguntou a você quem seria a mulher ideal para o poeta. Você respondeu, mas acabou perguntando o mesmo a ele, que disse que é você. Achei graça, fiquei pensativo, mas passou... Ou pelo menos era o que eu achava. Na mesma noite, cheguei em casa e tive um pesadelo em que eu flagrava você amando um homem qualquer. Acordei atordoado e muito estranho, com um sentimento antigo, mas ao mesmo tempo novo. Claro, como era primavera, o alimentei.
Enfim, resolvi juntar, durante toda a estação, poeminhas, prosas, crônicas e contos e coloquei aqui, como presente de aniversário, natal, ano novo e é claro, como uma forma de celebrar a sua beleza. (Entende-se como beleza, a mulher completa, que chora, sente saudades e quer, mais que todos neste mundo, amar e ser amada.
Espero que goste.
Beijos e poesias,
O Seu Djalma.